segunda-feira, 25 de abril de 2011

O liberalismo econômico

O liberalismo econômico nasceu com a decadência do regime econômico mercantilista e o fortalecimento da burguesia. Seus postulados principais são a livre iniciativa e a livre concorrência, em princípio sem qualquer interferência do Estado.

Em meados do século XVIII, a famosa expressão laissez-faire, laissez-passer (deixai fazer, deixai passar) foi utilizada pela primeira vez por Vincent de Gournay, membro da escola fisiocrata. Contra o sistema mercantilista do seu tempo, os fisiocratas propunham um sistema de economia livre, menos protecionista e intervencionista, mais natural e espontâneo. A expressão laissez-faire significava eliminar o intervencionismo, deixando que cada indivíduo produzisse e fizesse o que lhe parecia melhor, enquanto laissez-passer consistia em romper as barreiras alfandegárias, para estimular o comércio e a circulação de riquezas.

Entretanto, Adam Smith (1723-1799) é sem dúvida alguma o patriarca da economia moderna. Sua obra clássica "Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações" (1776) ofereceu uma estrutura doutrinal ao capitalismo. Segundo este grande teórico, a economia livre é, por um lado, uma norma política que exige a eliminação de todas as restrições, exceto os impostos que devem ser pagos por justiça. Segundo Adam Smith, no seu mais famoso livro: "Riqueza das Nações", "todo homem, contanto que não viole as leis da justiça, deve ter plena liberdade para buscar seu próprio lucro como lhe agrade, dirigindo sua atividade e investindo seus capitais em concorrência com qualquer outro indivíduo ou categoria social". Em sua opinião, a iniciativa particular, a liberdade de contratar trabalhadores, a propriedade privada dos meios de produção, e o interesse pelo lucro máximo, são elementos fundamentais das organizações produtivas.

Para Smith, a economia se auto-regulava segundo as leis do mercado, oferta e procura, constituindo como uma "mão invisível" de uma ordem econômica.

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