terça-feira, 19 de abril de 2011

Hitler e o ódio contra os judeus



Os escritos de Hitler na década de 1920 decerto o mostram obcecado pelo “problema judaico”, muito mais intensamente do que pelo socialismo. Outros grupos também entravam em choque com a visão racial de Hitler (sifilíticos, alcoólatras e criminosos deveriam ser isolados e esterilizados, talvez até “amputados” da sociedade alemã), mas só os judeus eram vistos como conspiradores contra a nação. Os judeus eram um inimigo racial, e não religioso, e portanto  a conversão ao cristianismo era inútil. Eram uma força internacional desenraizada, que buscava minar a Alemanha a partir de dentro e de fora através das instâncias gêmeas do socialismo internacional e do capital financeiro internacional. Desde o início dos anos 1920 até sua morte Hitler permaneceu aferrado à idéia de que Judá era a praga do mundo e de que a saúde futura da Alemanha dependia da erradicação dessa praga.

A linguagem de Hitler é extraordinariamente violenta e sanguinária, exalando metáforas de praga e parasita. O judeu era ora um verme, ora uma praga, uma aranha sanguessuga, um rato, um bacilo nocivo ou um vampiro. Em Mein Kampf e em seus discursos ele fala de extermínio e até de matar judeus com gás; o desfecho da Primeira Guerra Mundial poderia certamente ter sido diferente, disse ele, em vez dos homens na linha de frente, dez a quinze mil hebreus importantes tivessem sido expostos à gás tóxico.

Fonte: Os nazistas e a solução final, Jorge Zahar Editor.

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