segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Resumo para a prova - Descolonização Afro-asiática

Caracterizar o movimento de descolonização afro-asiático
 
Descolonização é o processo pelo qual uma ou várias colônias adquirem ou recuperam a sua independência.

Este processo é geralmente antecedido por um conflito entre as “forças vivas” da colônia e a administração colonial, que pode tomar a forma duma guerra de libertação, um golpe de estado ou ainda por um processo mais pacífico, em que o partido ou movimento de libertação exerce pressão sobre o governo colonial, seja por petições legais, seja pela organização de manifestações, normalmente com o apoio de grupos de pressão dentro do país colonizador.

As duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século XX deixaram os países europeus sem condições para manterem um domínio econômico e militar nas suas colônias africanas. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung bem como interesses das novas potencias, levaram as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colônias. 

A descolonização da Ásia e da Oceania se deu logo após a Segunda Guerra Mundial, que enfraqueceu os países participantes, que ficaram sem recursos suficientes para manter suas colônias, tanto na África quanto na Ásia. Outro fator importante foi a desobediência civil na Índia, influenciada por um dos maiores líderes pacifistas do mundo, Mahatma Gandhi. Os indianos deixaram de pagar impostos à coroa inglesa e deixaram de cumprir suas obrigações para com a metrópole. 

Citar os objetivos da Conferência de Bandung (1955). 

Entre 18 e 24 de Abril de 1955, reuniram-se na Conferência de Bandung, na Indonésia, os líderes de vinte e nove Estados asiáticos e cinco africanos. O patrocínio desta Conferência foi da responsabilidade da Indonésia, Índia, Birmânia, Sri Lanka e do Paquistão. A conferência debateu os problemas do Terceiro Mundo e declarou apoiar o anticolonialismo e combater o racismo e o imperialismo.

Bandung substituiu o conflito leste-oeste entre capitalismo e socialismo pelo norte-sul entre os países industrializados ricos e os países pobres e exportadores de produtos primários. As nações reunidas definiram publicamente quatro objetivos básicos:

- ativar a cooperação e a boa vontade entre as nações afro-asiáticas e promover seus mútuos interesses;

- estudar os problemas econômicos, sociais e culturais dos países participantes;

- discutir a política de discriminação racial, o colonialismo e outros problemas que ameaçassem a soberania nacional;

- definir a contribuição dos países afro-asiáticos na promoção da paz mundial e na cooperação internacional. 

Identificar as regiões afro-asiáticas em que ocorreu o processo de independência.
 

No início do século XX, 90,4% do território africano estava sob domínio do colonialismo europeu. Apenas três Estados eram independentes: África do Sul, Libéria e Etiópia.

A descolonização da África ocorreu de forma veloz. Entre 1957 e 1962, 29 países tornaram-se independentes de suas metrópoles européias. 
 

Na Ásia a região atingida pelo colonialismo europeu foi o sudeste asiático, envolvendo os territórios da Índia, Indochina, Indonésia, Vietnã e Coréia. 

Caracterizar a política do Apartheid. 

O apartheid foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 (46 anos) pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.

A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais, segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas.

O apartheid trouxe violência e um significativo movimento de resistência interna, bem como um longo embargo comercial contra a África do Sul. Uma série de revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposição e a detenção de líderes anti-apartheid. Conforme a desordem se espalhava e se tornava mais violenta, as organizações estatais respondiam com o aumento da repressão e da violência.

Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990 (21 anos) o presidente Frederik de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994 (17 anos), que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela.

Entretanto, os vestígios do apartheid ainda fazem parte da política e da sociedade sul-africana. 

Retomar a noção de Imperialismo e Terceiro Mundo. 

Imperialismo é a política ocorrida na época da Segunda Revolução Industrial. Trata-se de uma política de expansão territorial, cultural e econômica de uma nação em cima de outra. O imperialismo contemporâneo é chamado de neo-imperialismo, pois possui muitas diferenças em relação ao imperialismo do período colonial. Basicamente, os países imperialistas buscavam três coisas: Matéria-prima, Mercado consumidor e Mão-de-obra barata.

Terceiro Mundo é um termo da Teoria dos Mundos, originado na Guerra Fria, para descrever os países que se posicionaram como neutros na Guerra Fria, não se aliando nem aos Estados Unidos e os países que defendiam o capitalismo, e nem à União Soviética e os países que defendiam o socialismo. O conceito mais amplo do termo pode definir os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, ou seja, os que possuem uma economia e/ou uma sociedade pouco ou insuficientemente avançada(s). 

Caracterizar a divisão da Índia e os conflitos no Timor Leste. 

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a primeira onda de descolonização teve início no continente asiático, com a Índia, que recupera a independência em 1947. A Grã-Bretanha foi forçada a aceitar uma situação inevitável, evitando deste modo uma guerra de independência. Contudo, a Índia teve de enfrentar graves conflitos entre as várias comunidades que integravam o Império das Índias.

Em julho de 1945, o Governo trabalhista britânico de Clement Attlee iniciou as negociações para a independência, todavia o processo foi atrasado devido aos antagonismos religiosos e políticos que separam as duas principais comunidades indianas: a hindu e a muçulmana.

O Partido do Congresso, das elites hindus, liderado por Gandhi e Nehru, mostrou-se favorável à manutenção da união indiana, uma ideia contrariada pela Liga Muçulmana, de Muhammad Ali, que propôs a divisão do território em duas partes. O partido indiano foi forçado a ceder e a aceitar a divisão.

Lord Mountbatten foi encarregue de estabelecer essa cisão do território indiano e assegurar a transferência da soberania. Assim, a 15 de agosto de 1947 foram criados dois Estados independentes: a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, predominantemente ocupado por Muçulmanos.

O estabelecimento de novas fronteiras provocou a transferência de populações entre os dois territórios, que ocorreu num clima de violência, apesar dos fortes apelos à paz e à tolerância de Gandhi.

Neste clima rebentou uma guerra civil. Gandhi, tido como um dos símbolos da paz, foi uma vítima da intolerância, ao ser assassinado por Hindus radicais (30 de janeiro de 1948), inconformados com a divisão.

O conflito entre estes dois Estados persiste nos nossos dias, sobretudo, motivado pela disputa do território de Caxemira.

No ano de 1975, inicia-se um conflito armado contra o Timor Leste. O motivo foi a invasão da Indonésia, que desde 1945, cumpria as ordens do Direito Internacional, e sempre assegurou à ONU não ter qualquer reivindicação territorial sobre Timor Oriental. 

No ano de 1960, a ONU determinou que o Timor Leste estava sob o domínio de Portugal.

Com a revolução de Portugal em 1974, as colônias portuguesas tornaram-se independentes, e conseqüentemente, foi cogitado que o Timor Leste também estaria libertado. Houve um desacordo entre os partidos do Timor neste momento, iniciando a guerra civil.

A administração portuguesa, não estava tendo poder suficiente para lidar com esta condição, e abriu mão do Timor. O partido FRETILIN, pronunciou a independência da República Democrática de Timor-Leste. Após dez dias da declaração a Indonésia ocupou o território.

Os timorenses protestavam para a independência e sofreram ataques da força de segurança da Indonésia contra eles, levando a morte de muitos. Nesta mesma época Xanana Gusmão, líder da resistência foi preso.

Até o ano de 1998, o vice-presidente Habibie substituiu o general Suharto. E este novo presidente anunciou a realização de um referendo em Timor Leste, para que o povo decidisse se a região deveria ser independente ou não.

As forças militares da Indonésia continuaram com os conflitos, amedrontando e ameaçando a população, para que não votassem a favor da autonomia de Timor.

No dia 30 de agosto de 1999, é realizado o referendo, e poucos dias depois o resultado é anunciado pela ONU, sendo 78,5% de votos para a independência de Timor Leste.

A força indonésia reagiu com esta notícia, traçando um período longo de ataque contra os timorenses.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas adequou uma nova Resolução para Timor condenando todos os ataques violentos, declarando o fim destes, e obrigando os acusados a se responsabilizarem pela volta dos timorenses refugiados. 

Entender a herança do Colonialismo. 

O tipo de colônia predominante no continente africano foi a de exploração. Por isso o continente, hoje, apresenta baixo poderio econômico, vez que ele exportava toda a matéria prima, impossibilitando o desenvolvimento interno. (Econômico)

Durante o colonialismo o continente africano foi dividido em mais de 50 Estados cujas fronteiras foram demarcadas sem dar a menor importância as divisões pré existentes, culminando em um efeito social desastroso. (Social)

Quanto aos planos políticos, uma vez que a colônia era de exploração, as política operava com base nos interesses dos países "dominantes", fato este que levou a um quadro político instável que perdura até hoje na África. (Político) 

Caracterizar a Independência de Angola, Congo Belga, Argélia

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